Me inspirei quando atravessava a Av. Duque de Caxias, próximo à Igreja do Carmo, quando aguardava o sinal fechar para completar a travessia, vi que um ônibus despejava do seu escapamento uma fumaça preta e espessa que no ar fazia bizarros anéis de fumaça que me fez lembrar a lenda chinesa em que o Dragão com sua horda, quis invadir o céu sendo derrubado de sua escada, sendo a queda tão grande que teve seus ossos petrificados se transformando em fósseis, agora queimamos combustíveis fósseis, ou seja queimando dinossauros.
Queimando Dinossauros
Entre duas mãos na avenida
vivendo em espirais
dragões de fumaça, caem do céu
Queimo dinossauros, espanto fantasmas, grito num porta mala
Aviões estremecem o teto
motocicletas crimes e fugas
ventilador, abafa a chuva
o mormaço vira miragem, vejo uma mulher
Aviões de brinquedo no céu
drones explodem pessoas
bebo álcool de automoveis
me embriago, alguém me esquece ou me prefere morto.
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