sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A idade do plástico

Nós homens da caverna que somos, vivemos há muito, muitas idades
Idade da pedra lascada
Idade da pedra polida
Idade do cobre
Idade do bronze
Idade do Ferro
Hoje vivemos a idade do plástico, que na falta de madeira para um barquinho de papel,
uso o plástico de uma garrafa de vinho.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Notas de um poeta fudido - Os Austrais



OS AUSTRAIS


Notas de um poeta fudido

     Gravado independente pela banda e lançado em 27 de agosto de 2016 na Boêmia Praça dos Leões no Centro da cidade de Fortaleza-CE, o título do álbum "Notas de um poeta fudido" é evidentemente inspirado em Bukowiski e suas "Notas de um velho safado" que entre seus vários contos vamos ver como conquistou a menina mais linda da cidade e como é ter a "febre do céu azul". Resolvemos homenagear também ao poeta Mario Gomes estampa em negativo o miolo do CD, sob a lente de Érika Fonseca, na Praça do Ferreira.

Músicas:

01. Elétrica cidade (Isidro Plá) 2:20

trocadilho de eletricidade punk escrito na era FHC com seus black outs & apagões me obrigou a ver o luar do sertão, com mendigos embriagados cantando músicas espiritas: punk non sense.

02. Cachorro cego (Isidro Plá) 3:30

 A tristeza é exclusivamente humana, um cão não se importa com isso, escala de Blues num Punk.

03. Febre do céu azul (Rodrigo Lucena) 2:21

Bukowiski retorna a cena, com muita mente positiva num ritmo de Surf Music, tudo começa com um telefonema em que um amigo lhe esculhamba..., porém, pouco importa, tenho a febre do céu azul.

04. Dia vermelho ou Corro demais (Isidro Plá) 2:38

quando o refrão de corro de mais, corro demais, corro demais... vem à mente: essa música foi inspirada em corro demais do Roberto Carlos? a resposta é : não; foi inspirada em Roberto Carlos, porém, na música "O divã": "...o sangue no linho branco...".

05. Nenhum amor sincero (Isidro Plá) 2:13

punk de fim de namoro em que uma noite é curta para a disposição de se curtir cada momento, e se o ponteiro do relógio parar... continuo sem parar.

06. Comedor de ópio (Rodrigo Lucena) 4:01

Baudelaire explicou a obra Confissões de um comedor de ópio de De Quincey nos "Paraisos Artificiais" num Blues tentamos uma síntese dessas obras.

07. Duas rodas (Isidro Plá) 2:14

Trítonos, acidentes com motos, consequências e inconsequências.

08. Urbe (Liliana Oliveira/Rodrigo Lucena) 3:10

tornar-se adulto antes do tempo na cidade graças a poluição, a violência, a prostituição, tudo contado em poesia.

09. Carrossel (Isidro Plá) 2:51

a solidão, o abandono e a tristeza, numa balada compassada de alguém que enxergou num globo de espelhos um carrossel e que há outros solitários igual a ele na mesma boate de strip tease sem se falarem.

10. Keep on rocking (Rodrigo Lucena) 2:35

vem como um lenitivo para curar essa melancolia do ante fim, rockabilly alegre tratando da experiência em um cabaré no Piauí.

Os Austrais:

Isidro Plá: Guitarra e vocal / Gaita em Cachorro Cego
Kacco Souza: Guitarra
Rodrigo Lucena: Bateria e percussão
Músicos adicionais:
Kartegian Tool: Baixo
Henrique Studart: Teclados em Urbe e Carrossel
Produzido por Os Austrais
Gravado, mixado e masterizado por Henrique Studart
Foto do poeta Mário Gomes: Érika Fonseca
Capa e Direção Artística: Rodrigo Lucena

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